COMO ESCOLHER A LINHA DE PESCA IDEAL?

Noçoes Básicas

O pescador ligado e experiente sabe que cada detalhe faz a diferença na hora de conquistar aquele troféu bonito.

E um dos detalhes que não podemos deixar de falar é sobre as linhas de pesca.

A linha de pesca é o que liga o pescador à sua pesca, é o que permite o contato e proporciona maior sensibilidade e consequentemente, o sucesso na hora de uma boa fisgada.

Os primeiros registros de pesca feito com linhas datam do 4° século antes de Cristo. Obviamente muita tecnologia foi desenvolvida depois disso além das modalidades de pesca artesanal, industrial e esportiva.

Para ajudar na hora de escolher uma linha que combine a sua pescaria, separamos aqui algumas dicas e orientações preciosas.

Uma observação básica para lhe ajudar na hora de escolher sua linha de pesca é pensar em qual será o peixe a ser fisgado, seu tamanho e o local onde se vai pescar (se é mangue, se tem pedras, vegetação, etc.).

Quanto maior o peixe, mais grossa precisa ser sua linha. Isso é primordial, mas com o tempo o pescador fica craque na hora de pegar a linha adequada.

 

Tipos de Linha

 

Diâmetro, qualidade do material e resistência da linha vão determinar os 3 tipos principais de linha: fluorcarbono, monofilamento ou multifilamento.

 

  • Monofilamento: a também chamada linha de nylon é a mais comum e usada. Desde sua invenção na época da Segunda Guerra até hoje, muita tecnologia fez com que esta seja a preferida entre os pescadores pela sua versatilidade na hora do uso. É a mais barata com benefícios diversos.
  • =>   Obs.: Existe linha Monofilamento de nylon com 30% de Fluorocarbono, como algumas da marca JACKFISH

 

  • Multifilamento: bem mais moderna, criada já no século XXI, este tipo de linha tem uma estrutura “trançada”; ou seja; é uma combinação de linhas muito finas unidas que permitem maior resistência. De acordo com a marca, ela pode ser mais ou menos áspera. Mais fina e resistente, as multifilamento permitem maior segurança e força na hora da briga com o peixe.

 

  • Fluorcarbono: são pensadas para a pesca onde haverá mais atrito com pedras, vegetação, dentição do peixe em questão e o nível da briga. Tem menor elasticidade, mas resistem muito mais à abrasão. Além disso, são quase invisíveis para os peixes. Mesmo quando molhadas elas mantêm sua resistência. Vale destacar que as Fluorcarbono também são consideradas de monofilamento; só que muito mais resistentes.

 

Com as funções básicas de otimizar o lançamento da isca, permitir a percepção da mordida, momento em que o peixe é fisgado e atuar em conjunto com o restante dos equipamentos (carretilhas, varas, molinetes) para retirar o peixe da água, as linhas precisam ser avaliadas então no que se refere à espessura, resistência, camuflagem e flutuabilidade na hora da compra.

Estas características devem ser consideradas de acordo com o peixe que se pretende fisgar de uma maneira geral.

Os peixes com uma dentição mais forte e afiada devem ser fisgados com linhas mais resistentes e dependendo, deve-se usar linhas líderes de nylon revestido em aço.

Peixes como o Robalo e o Tucunaré com dentes pequenos, mas em forma de lixa podem colocar a perder a pescaria se a linha usada não for mais resistente como a multifilamento ou fluorcarbono.

Aliás, o Robalo tem uma estrutura na região lateral da cabeça que é bem áspera e pode romper a linha na hora da briga.

Já peixes como a Tainha, Lambari, Carpa, Curimbatás são pescados com a linha menos resistentes e sem a preocupação com o nível de abrasão.

De um modo geral, a baixa elasticidade da linha é sempre uma vantagem na hora da captura.

Quanto as cores, podemos trabalhar de acordo com o ambiente em que se está e lembrando sempre que o peixe não vai chegar perto do que foge muito ao seu ambiente natural.

A linha que vai no molinete pode ser bem colorida e fluorescente até para facilitar para o pescador na hora de visualizar onde está a linha e evita que caso haja outros pescadores por perto, que estes possam jogar sua linha por cima da sua embolando tudo.

A linha que vai entrar em contato com o peixe, esta deve ser o mais disfarçado possível, como as cores branca, cinza, ou um tom de verde mais escuro.

Muitas são as modalidades e tipos de linhas que ainda podem ser mais específicas. Mas por hora, já lhe oferecemos o que é essencial saber na hora de escolher sua linha. Com nossas dicas, informações e nossos equipamentos top de linha (perdoe o trocadilho), sua pescaria vai ser ainda mais perfeita e emocionante!

TEXTO EDITADO, Fonte:https://www.reidapesca.com.br/blog/como-escolher-a-linha-de-pesca-ideal-para-a-sua-necessidade

Noções Profissiobais

Linhas de pesca – Monofilamento ou MultifilamentoNáilon ou Fluorcarbono? De que cor ou Espessura?

Vamos abordar dicas de como escolher as linhas certas para cada pescaria, conhecendo os materiais de que são feitas e suas propriedades mais importantes.

A linha de pesca constitui a mais estreita e importante ponte de ligação entre o pescador e o peixe. É tão crucial que define toda uma forma através da qual se executa o ato de retirar um peixe da água – a “pesca com linha” – e a partir de onde surgiram ramificações, como a pesca artesanal, a industrial e, logicamente, a modalidade esportiva.

Os primeiros registros do desenvolvimento de linha especificamente voltadas para a atividade datam do 4º século antes de Cristo, com a utilização da seda como matéria-prima.

Desde então, seu emprego na pesca tornou-se indispensável, tanto para aqueles que tiram dela o seu sustento, quanto para os que, como nós, fazem da prática uma opção de lazer.

Em síntese, são três as funções principais de uma linha de pesca:

  1. Permitir o lançamento (arremesso) da isca no pesqueiro;
  2. Permitir a detecção da mordida e a fisgada do peixe;
  3. Trabalhar, individualmente ou em conjunto com o restante do equipamento (varasmolinetescarretilhas), na briga e retirada do peixe da água.

 

A evolução da indústria nos trouxe o que há de mais moderno. Disponibilizando dessa forma linhas de pesca com características tão diversas quanto as modalidades ou situações de pesca a que podem se prestar.

Sensibilidaderesistênciacamuflagem e flutuabilidade são apenas alguns dos fatores que determinam a confecção e, logicamente, a escolha de uma linha.

As linhas de pesca se classificada nas seguintes categorias:

  • Monofilamento
  • Multifilamento
  • Fluorcarbono
  • Híbridas
  • Especiais
  • Fly

Monofilamento

A empresa norte-americana Dupont anunciou, em 1938, a invenção do náilon (ou nylon) como a primeira fibra sintética produzida no mundo.

Um ano depois, ela já era comercializada. O monofilamento é uma linha singela, de diâmetro fino. Por seu baixo custo e pelas diversas opções de bitolas e resistências disponíveis. Dessa forma é o tipo de linha de pesca mais procurado pela grande maioria dos pescadores, mesmo com a inegável ascensão das linhas de multifilamento.

 

Pode ser encontrada no mercado em diversas cores: branca, amarela, verde, azul, vermelha, transparente, translúcida, e fluorescente, entre muitas outras.

monofilamento é formado a partir do derretimento e mistura de polímeros, com posterior extrusão (compressão) através de minúsculos orifícios, formando os filamentos da linha, que é então bobinada nos carretéis.

extrusão não apenas controla o diâmetro da linha, como também sua especificação de ruptura. É a explicação simples e resumida de um processo extremamente complexo, dominado por poucas indústrias no mundo.

As principais propriedades das linhas de pesca

Relação diâmetro / índice de ruptura

 

É, sem dúvida, a mais importante. Linhas de pesca que conjugam alta resistência com pequena espessura são mais “invisíveis” (independentemente de sua cor), mais fáceis de arremessar, e permitem maior capacidade de armazenamento nas carretilhas e molinetes.

Atingir a excelência nesse quesito não é nada simples e barato, o que infelizmente leva alguns fabricantes a rotularem especificações falsas, a fim de conquistar o consumidor menos precavido e atento.

A tecnologia que produz linhas de pesca com propriedades de alta resistência e baixo diâmetro é fruto de constante pesquisa e investimento, tanto na agregação de polímeros especiais quanto em processos fabris que requerem constante estiragem, além de velocidade de extrusão controladas, uniformidade de diâmetro e uso de aditivos, que encarecem todo o processo.

Maciez / dureza

A maciez da linha determina a facilidade do arremesso. Isso é particularmente importante no uso de molinetes, em que a saída da linha acontece na forma de espirais, provocando grande atrito com os passadores.

As linhas de pesca macias também são conhecidas como “soft lines“, e devem ser obrigatoriamente utilizadas com arranque (ou líder) de náilon duro ou fluorcarbono, porque a resistência à abrasão é comprometida pela maciez.

Essa característica também influencia diretamente as propriedades de alongamento, resistência do nó e memória das linhas.

É a dureza, portanto, que estabelece a capacidade de resistência à abrasão. Mas ela também torna a linha menos maleável.

Existem monofilamentos específicos, chamados de hard nylon (“náilon duro”), para uso específico como líderes, às vezes similares a autênticos arames rígidos, cujo emprego como linha principal em molinetes ou carretilhas é inviável.

De forma genérica, pode-se indicar o uso de linhas mais duras nas carretilhas, e o de linhas mais macias nos molinetes.

Resistência à abrasão

Linhas de Pesca passando por uma pedra

Esta propriedade é particularmente importante sob a presença de dois fatores no meio aquático: estruturas submersas onde as linhas de pesca possam ter contato, seja durante os arremessos, o recolhimento ou briga com os peixes, e a dentição destes.

Estruturas:

As encontradas em água salgada são compostas por pedras, raízes de mangue, cracas e a própria areia que forma o leito de estuários e das praias.

Em água doce, os obstáculos abrasivos mais comuns são representados por vegetações subaquáticas, pedras, árvores e troncos submersos.

Nos dois ambientes, deve-se ter cuidado com o atrito com o casco ou o hélice da embarcação, nos momentos finais de luta e embarque do peixe.

Dentição:

Espécies com dentes perfurantes ou cortantes, como espadas, bicudas, anchovas, traíras, dourados (de água doce), pacus e cachorras são potencialmente perigosas para a linha.

traíra fisgada com uma isca artificial

Requerem, no mínimo, o uso de fluorcarbonos ou náilons duros, de diâmetro elevado, ou mesmo líderes de aço encapados com náilon.

Para pescarias com iscas artificiais, principalmente plugs, o risco de corte da linha é reduzido pelo próprio comprimento médio das iscas usadas, que servem de anteparo ao contato com a linha ou líder.

No entanto, nos casos em que a isca é “embuchada“, a resistência do líder é de vital importância.

O mesmo vale para peixes como os robalos e os tucunarés. Cujas dentições formadas por dentes minúsculos em forma de lixa. Com o propósito de reter as presas para posteriormente trituração nas guelras ou deglutição.

O robalo também conhecido pela lâmina que possui na região lateral da cabeça. Dessa forma responsável pela perda de muitos troféus de pescadores despreparados.

Por outro lado, peixes como tainha, carapicú, perna-de-moça, lambaris, curimbatás, carpas e piaparas, podem ser pescados diretamente com a linha principal, sem maiores preocupações com o fator abrasão.

O pescador experiente sempre efetua uma boa inspeção visual e tátil da linha ou líder após cada captura, eliminando, se necessário, as porções danificadas.

Memória das linhas de pesca

Depois de submetidas a alongamento, esforço ou armazenamento prolongado, as linhas de pesca podem ficar com “vícios” ou sofrer alterações que as impedem de retornar ao seu estado físico original, comprometendo seu desempenho.

Esse efeito, cujo nome mais comum é “memória” e muitas vezes confunde o pescador, pode ser exemplificado em dois extremos, um de boa e outra de má qualidade das linhas de pesca nesse quesito:

Muitos dos molinetes e carretilhas mais antigos tinham carretéis confeccionados em plásticos, ou “bakelite”.

Não era incomum observar linhas de pesca recém-tensionadas por brigas com grandes exemplares “explodirem” os carretéis ao causarem uma enorme e insustentável pressão ao tentarem retornar ao seu estado original.

Linhas usadas em pescarias de corrico com iscas de barbela, são submetidas a uma pressão constante pela tração na água.

Se formarem laços ao serem recolhidas, mesmo com o uso de girador, é sinal que sofreram alongamento e diminuição de diâmetro por estiragem, mas não retomaram suas propriedades originais.

Ou seja, ficaram enfraquecidas, comprometendo totalmente sua qualidade.

carretilha de pesca com cabeleira

De todos os aspectos relativos à memória das linhas de pesca, os mais recorrente e importante diz respeito à formação de “caracóis” após longos períodos de armazenagem na bobina do molinete ou carretilha.

O correto é que, após pouco tempo de uso, eles desapareçam e a linha volte a se comportar de forma linear.

Aliás, essa é uma obrigação de qualquer fabricante, e não uma característica que sofre variáveis, a ponto de servir como argumentação mercadológica (como se vê quando a linha é rotulada como sendo “de baixa memória”).

Resistência a raios UV das linhas de pesca

O náilon é um material que se decompõe após a exposição aos raios solares. Quanto mais escura a linha, maior o nível de absorção de raios ultravioleta.

Portanto, linhas de pesca azuis, pretas e vermelhas devem conter proporções maiores de aditivos do que uma linha transparente ou fumê.

Novamente, compete ao fabricante assegurar que esses fatores sejam considerados no processo de produção.

O lojista, por sua vez, deve expor as linhas de pesca à venda longe de vitrines ensolaradas. Ao pescador, ficam relegados os cuidados finais de limpeza e armazenagem de seu acervo de molinetes, carretilhas e linhas, substituindo-as pelo menos uma vez a cada temporada.

Índice de alongamento (“line stretch”)

O alongamento das linhas de pesca afetará diretamente a velocidade de resposta no momento da fisgada e, consequentemente, a eficiência de penetração do anzol ou garateia na boca do peixe.

Linhas com baixo índice de alongamento (anunciado pela maioria dos fabricantes como de baixa memória, ou low memory) são sempre mais desejáveis, pois fisgam o peixe com maior velocidade e eficiência.

No entanto, sofrem choques maiores, podendo romper-se na fisgada. A elasticidade da linha é determinada pelos aditivos agregados no seu processo de fabricação.

Imagem em preto e branco

Descrição gerada automaticamente com confiança média

De maneira geral, um baixo índice de elasticidade é sempre mais desejável, já que influencia a primeira etapa do processo de captura, a fisgada, em que deve garantir a penetração do anzol na boca do peixe, com a fricção calibrada a, no máximo 30% do ponto de ruptura especificada. Por exemplo, se a linha é especificada para romper com 10 quilos, a fricção deve funcionar a partir de 3 quilos de tensão.

O índice de alongamento das linhas de pesca determina o primeiro estágio no processo de amortecimento e captura do peixe, seguido pela flexão da vara.

O terceiro, e último, é a fricção do molinete ou carretilha. Juntos, esses três fatores trabalham para indicar quando o peixe fisgado tem peso superior às especificações de ruptura da linha e de tamanho aparentemente desproporcional ao equipamento utilizado, assegurando sua captura e estabelecendo os recordes para as diversas categorias de linhas de pesca.

Para a pesca vertical em grandes profundidades, não recomendamos, em absoluto, o uso de monofilamentos.

A velocidade de fisgada e percepção de toques se torna fundamental para assegurar a eficiência da pescaria.

A 50 metros, um peixe de toca como a garoupa, o badejo ou o cherne pode carregar a isca para as pedras antes de qualquer reação.

Resistência a nós (knot strength)

O náilon sofre aquecimento por fricção, e sua estrutura molecular é afetada caso seja efetuado um nó sem prévia lubrificação.

Portanto, toda linha de monofilamento deve ser molhada com água ou saliva antes de ser atada, para assegurar a integridade do nó. Como a confecção de um nó implica em dobras e estresse da linha, é natural que esse constitua seu ponto mais fraco, atingindo entre 80 e 95% do índice de ruptura.

nó para unir linha de multifilamento com leader

Por isso, o tipo de nó escolhido e a lubrificação corretamente empregada são fundamentais para a confecção de um bom nó.

Linhas com maior índice de alongamento têm maior resistência aos nós, “perdoando” mais erros que as linhas menos elásticas.

Cores das linhas de pesca

linha de pesca coloridas submersa em um copo com água

A maioria dos fabricantes oferece uma grande variedade de cores, como fumê, transparente, branco, salmão, amarelo, azul e verde, além de linhas fluorescentes em amarelo, laranja e verde-limão.

A preferência varia de acordo com o pescador, aplicação, peixe e pescaria à qual se destina. Para o pescador de boia e/ou iscas artificiais, é importante que a linha ofereça uma boa visibilidade fora d´água, para nortear os arremessos e visualizar os movimentos ao menor toque.

Cores como vermelho são altamente visíveis fora d´água, mas são as primeiras a desaparecer a partir 1/2 metro de profundidade. Outras, com o azul, ficarão visíveis a até mais de 10 metros de profundidade.

Muitos peixes se assustam ao detectarem a presença da linha. Portanto, escolha bem a cor que mais apropriada para sua pescaria.

Qualidade e tecnologia das linhas de pesca

As melhores linhas de pesca são submetidas a elevados padrões de controle de qualidade. Abrange testes de resistência, alongamento, uniformidade de diâmetro e consistência de cor.

Algumas linhas de pesca de náilon se intitulam como copolímeros, o que significa que, em seu processo de fabricação, foram utilizados dois ou mais manômetros (moléculas simples) para formar unidades estruturais muito mais uniformes.

O resultado é um náilon muito mais resistente à abrasão, com menor índice de alongamento, maior resistência ao impacto e ao choque, e muitos outros benefícios em relação ao náilon fabricado com um monômetro comum.

Outras linhas são fabricadas com matéria prima híbrida de náilon e fluorcarbono, e encontram-se no topo da escala de qualidade dos monofilamentos cuja base essencial é o náilon.

Dicas úteis e recomendações com as linhas de monofilamento:

  1. Mantenha o monofilamento conservado em local fresco e longe dos raios solares;
  2. Nuca tente cortar o náilon com os dentes;
  3. O náilon é altamente cortante. Utilize luvas ou outro tipo de proteção para os dedos, principalmente em arremessos com carretilha em modalidades que requerem grande esforço, com a pesca de praia, a de costão e a de grandes peixes de couro. Após muito contato com a água, a pele dos dedos fica mais frágil e se rompe com muito facilidade.
  4. Uma dica para bobinar a linha no molinete ou carretilha é passá-la pelos passadores e atravessá-la no meio de um livro grosso, posicionando a uns 40 graus da ponta da vara. Então, recolha a linha com a fricção apertada. Esse processo assegura a tensão correta de bobinamento. A tensão excessiva causa retorno de memória e estressa a linha. Já a falta de tensão ocasiona cabeleiras e torções.
  5. Não confie plenamente nas especificações de resistência no rótulo. Sempre que puder, teste a linha numa balança digital. Se quiser ser realmente minucioso, faça várias medições do diâmetro da linha com um micrômetro em pelo menos 2 metros de linha. Algumas linhas de pesca importadas não refletem a realidade e usam as especificações de resistência e diâmetro de forma enganosa, com variações de até 40% em relação às especificações reportadas.
  6. Jamais permita o contato da linha com solventes, derivados de petróleo ou repelentes, que certamente a degradarão.
  7. Descarte o náilon de forma ecológica. Jamais use o meio ambiente como cesta de lixo para linhas velhas ou descartadas por outro motivo qualquer.

Multifilamento “braided”

As linhas de multifilamento fabricadas com as fibras mais leves e fortes do mundo, a partir do UHMWPE (Ultra High Molecular Weight Polyethylene, ou “Polietileno de Peso Molecular Ultra Elevado”).

São duas as principais fontes da matéria prima, uma na Europa, que intitula as fibras usas nas linhas de pesca de Dyneema, e a outra nos Estado Unidos, que rotula a mesma matéria-prima com Spectra.

As linhas trançadas, como chamadas, produzidas a partir de dois processos. No principal, os microfilamentos são trançados ou mesmo fundidos.

Ambos resulta numa linha que oferece o mínimo grau de alongamento, e permite obter coeficiente entre diâmetro e resistência linear elevadíssimo.

Extremamente sensível, a “superlinha” detecta toques quase imperceptíveis, conferindo ao pescador fisgadas rápidas e certeiras.

Além disso, ela não sofre com os mesmos problemas de memória ou ação de raios UV associados ao náilon.

Onde e quando usar as multifilamentos

As linhas de diâmetro mais fino são ideais para a pesca com iscas artificiais na superfície, tanto com carretilha como molinete.

No segundo caso, assegure-se que a linha tenha maior flexibilidade, o que normalmente ocorre com maior número de filamentos na “trançagem” (o ideal são 6 ou mais).

As linhas de pesca de multifilamento têm, de maneira geral, uma boa flutuabilidade, comercializada em cores bem visíveis. As mais populares são a branca, a verde e amarela.

Mas o grande destaque destas linhas ocorre na pesca vertical, em que a percepção de toques é praticamente imediata.

Graças a elas, perder um peixe pela incapacidade de senti-lo a tempo ou por uma fisgada ruim são coisas do passado.

Em conjunto com sondas ou através de nosso próprio conhecimento a respeito do leito de um rio, represa ou parcel oceânico, as linhas de pesca de multifilamento nos permitem localizar cardumes ou peixes isolados no fundo.

Seja na pesca de robalos e pescadas com jigs e shads de 12 a 20 gramas. Ou numa pesca vertical oceânica em profundidades de 100 a 200 metros com jigs de 300 a 500 gramas. As linhas de pesca de multifilamentos são o que há de melhor em sensibilidade e segurança na penetração do anzol.

Em todos os casos, o uso de líder de flurocarbono ou náilon é imprescindível, principalmente pelo alto índice de visibilidade dos fios e pelo fato de serem passíveis de abrasão.

tipos de nó para leader de pesca

Os cuidados no uso das linhas multifilamentos

É importante frisar que, em caso de enrosco, jamais se deve puxar a linha com as mãos ou utilizar o esforço de alavanca com a vara, pois a linha irá cortar sua mão e ou quebrar a vara.

Ao invés disso, aperte a fricção ao máximo (ou imobilize o carretel) e puxe lentamente, apontando a vara na direção da linha.

A probabilidade maior é do rompimento da linha no nó, com o líder, ou que o anzol (ou garateias) se abram.

Se você for corricar com essas linhas de pesca, assegure-se de ter a fricção bem solta e use varas com pontas bem flexíveis para compensar a falta de elasticidade e o choque resultante da fisgada.

De tal forma que também garantirá que a isca não seja literalmente arrancada da boca do peixe.

Principais vantagens das linhas multifilamentos

As linhas “multi” dão ao pescador esportivo a opção de reduzir o tamanho de seu equipamento na proporção de seu diâmetro, já que correspondem a 1/3 do equivalente em náilon para a mesma resistência.

carretel grande de linha de pesca multicor

Mas tome cuidado: apesar de serem pré-lubrificadas, essas linhas são muito finas e abrasivas. Portanto, assegure-se de que a cerâmica ou metalurgia do guia linha da carretilha seja de qualidade compatível, e que os passadores da vara também sejam bons.

No mínimo, os anéis devem ser fetos de óxido de alumínio para a pesca leve, de óxido de titânio para diâmetros acima de 0,25 mm, e de carbono de silício para linhas acima de 0,40 mm (cobrindo todos os casos).

As linhas de pesca normalmente comercializadas principalmente em carretéis de 130 a 300 metros. O pescador que optar por um material leve pode emendar um backing (“cama”) de monofilamento para agregar volume ao carretel.

Nos diâmetros maiores e para a pesca vertical no mar, a preferência é por um bobinamento integral de multifilamento.

Algumas linhas de pesca vêm com diversas cores, distribuídas em 10, 5 e mesmo 1 metro, para melhor visualização da quantidade imersa na água. Logicamente, são mais caras as monocromáticas.

tesoura cortando multifilamento verde

  1. Familiarize-se com os nós para atar líders de náilon ou fluorcarbono, ou a linha poderá escorregar;
  2. As linhas de multifilamento requerem tesouras especiais ou alicates com lâminas de tungstênio para seu corte. Há pescadores que usam isqueiros do tipo maçarico para a função, mas é uma forma arriscada de resolver o problema para os menos experientes;
  3. A linhas são pré-impregnadas com lubrificantes, mas estes se dissolvem após sucessivas pescarias;
  4. Após a pescaria, especialmente em água salgada, estique a linha fora do carretel e lave-a. Depois, aplique-lhe lubrificantes como sprays de silicone, para retomada da maciez e lubrificação;
  5. Use sempre líder de náilon ou fluorcarbono;
  6. Alivie a fricção um pouco mais em relação à regulagem usada com as linhas de pesca de monofilamento, para compensar a falta de alongamento / elasticidade;
  7. Descarte a linha usada cortando-a preferencialmente em tiras, para contribuir com o meio ambiente.

 

Fluorcarbono, o que é isso?

O fluorcarbono também conhecido pela sigla PVDF. Em termos precisos, trata-se de um fluoropolímero termoplástico não-reagente, um material com elevada resistência química a solventes, ácidos, e calor.

 

Os processos de fabricação, envolvendo a extrusão, são idênticos aos do náilon, mas a semelhança termina por ai.

Ao contrário do monofilamento que pode ser até 15% de resistência quando imerso, a absorção de água do fluorcarbono é zero. Além disso ele não é afetado pelos raios ultravioleta.

A elasticidade é praticamente inexistente, e sua resistência à abrasão é notável.

No entanto, para o pescador esportivo, a maior vantagem no uso do fluorcarbono está em sua baixíssima visibilidade.

Essa propriedade especial resulta de seu índice refratário (nível de curvatura ou refração da luz ao passar por determinada substância).

Tal índice é de 1,42 para o fluorcarbono, quase idêntico ao da água (1,3), enquanto o do náilon fica perto, com 1,5.

Seu acabamento, mais rígido, acarreta na taxa mais rápida de afundamento. Como não absorve a água, seu índice de ruptura é o mesmo em estado seco ou molhado, com níveis de alongamento quase nulos.

Essas caraterísticas excepcionais conquistam cada vez mais adeptos, principalmente entre os amantes do “finesse fishing“. Faça o teste num aquário com uma minhoca de plástico, ela perecerá “flutuar” na água enquanto a linha praticamente desaparece.

ferramenta de precisão efetuando medição da espessura da linha de pesca

Em contrapartida, o fluorocarbono é muito mais rígido que o monofilamento. Portanto mais suscetível a reter memória.

Por esse motivo, utilizado como líder do que com linha principal de pesca. Outra desvantagem é o custo em relação aos monofilamentos.

De todas as linhas de pesca, as de fluorcaborno são as que envolvem os mais avanços tecnológicos.

Os principais desenvolvimentos ocorrem em empresas como a Kureha (Seaguar), fabricante da Carbon Pro, que projetou recentemente uma linha com ligeiras alterações na estruturas molecular, além de usar processos de extrusão mais refinados que contribuíram para a eliminação do fator memória e a utilização de forma convencional em carretilhas e molinetes.

As linhas de pesca híbridas

composição da linha híbrida

Para os pescadores à procura de um meio-termo entre os monofilamentos e o fluorcarbono, surge uma nova geração de linhas conhecidas como híbridas, feitas com a fusão ou coligação do náilon com o fluorcarbono.

Elas reúnem as propriedades de resistência à abrasão, absorção zero de água, sensibilidade, durabilidade e maciez com elevada resistência à ruptura do nó, tanto no estado seco como molhado.

Encontradas em diâmetros compatíveis com os monofilamentos. Um exemplo é a HY-BRID, da Yozuri. Outras linhas de monofilamento encapadas com fluorcarbono também se enquadram nesta categoria, portanto fazem parte de uma nova geração de linhas de pesca.

Linhas de pesca especiais

 

Existe várias linhas de pesca especiais no mercado, assim como as trolling lines, usadas na pesca de corrico nos lagos da América do Norte e Canadá.

Trata-se de linhas de pesca de multifilamento, com uma alma chamada de “lead core” que permite afundamento rápido até à “zona de ataque” dos peixes como o norte-americano walleye.

Codificadas a cada 10 jardas. Indica a quantidade de linha na água. Normalmente usadas em conjunto com carretilhas como contadores de linhas de pesca.

Por exemplo a MagiBraid, comercializada pela loja Bass Pro Shops nos EUA.

As linhas de pesca de Fly Fishing

O conceito das linhas de fly é totalmente particular, com emprego e características diferentes de todos os demais tipos de linhas.

Decerto, concebidas para ficar grande parte do tempo no ar, as linhas de fly, movimenta iscas tão leves e delicadas que seu arremesso por meio convencionais (molinete ou carretilha) seria impraticável.

Por isso, essas linhas de pesca são grossas, normalmente encapadas com plástico. Na ponta, são emendados líders cônicos, prontos ou feitos através da emenda sucessiva de linha de monofilamento com diâmetros decrescentes, até chegar ao tippet ou ponta, em que são atadas as moscas, streamers, bugs, poppers, etc.

O movimento da linha de fly se assemelha ao de um chicote, movimentando no ar até o contato do conjunto leader-tippet-isca com a água, num movimento de progressão chamado de turnover ou apresentação.

Dessa forma, recolha a linha com as mãos, e só retorna à carretilha a partir do momento da captura do peixe. As carretilhas de fly são ventiladas, para ajudar na secagem da linha. Além disso servem como mero instrumento de armazenamento da linha.

O instrumento de impulsão é a vara, que possibilita os diversos e belos tipos de arremesso que fazem a fama da pesca com fly pelo mundo.

Existem poucos fabricantes de linhas de fly. Por exemplo, os mais notáveis, são 3M Scientifci Anglers, Cortland, Rio, AirFlo e Saga.

Trabalhe a linha em perfeita conjugação e equilíbrio com os demais componentes. Ou seja, uma linha número 7 utilize uma vara da mesma graduação, assim como carretilha, para que todo o conjunto opere de forma unificada e equilibrada.

Entretanto, o fly fishing é uma das modalidade de pesca que exige do pescador mais técnicas apuradas, escolhas corretas de equipamentos e prática.

Escolha da Linha de pesca – Fly Fishing

Na pesca de fly, o peso da linha é graduado de 1 a 15, sendo a de número 1 a mais leve, e 15 a mais pesada.

As mais leves destinam-se à apresentação de iscas delicadas, enquanto as mais pesadas servem para enfrentar ventos e carregar iscas maiores. A grande maioria das linhas de pesca incide nos tamanhos de 4 a 10.

Afunilamento (taper)

Para tornar o arremesso mais eficiente, a maioria das linhas de pesca é afunilada, com variações em peso, diâmetro e espessura.

Por exemplo: existem 5 principais formatos de linhas, cada uma com uma abreviação correspondente:

Weight Forward (WF)

Ou peso “na frente”. É o perfil de linha mais popular, dessa forma é a escolha ideal se você é um iniciante. Permite arremessos mais longos e melhor precisão contra o vento.

Bass Bug Taper (BBT)

Este formato parecido com o WF, mas a concentração de peso é maior. Permite, assim o uso de moscas mais pesadas e resistentes ao vento. Ideal para a pesca de Black Bass, Tucunaré e peixes de água salgadas.

Double Taper (DT)

É afinada em ambas as extremidades, concentrando seu volume e peso no meio. Dessa forma permite apresentações delicadas em rios de pequeno e médio porte. Mas é mais difícil de arremessar que as outras.

Shooting Taper (ST)

Arremessam longas distâncias, se comparadas às outras linhas. Dessa forma utilizadas em rios de corredeira, o mar e sob condições extremas de vento.

Level (L)

Uniformes em diâmetro, portanto, mais difíceis de arremessar. São de pouco interesse no nosso mercado.

Densidade da linhas

Floating (F)

Linhas de pesca flutuantes, ideais para a pesca com moscas secas (dry flies), poppers e streamres que trabalham na superfície ou um pouco abaixo dela.

Intermediate (I)

Afundam lentamente, dessa forma a apresentar as iscas um pouco abaixo da superfície. São linhas que trabalham bem em águas rasas e em águas agitadas, locais onde a linha permanece abaixo da superfície.

Sinking (S)

Linhas de pesca que afundam, projetadas principalmente para lagos e rios de correnteza rápida e profundos. Os fabricantes normalmente estabelecem a velocidade de afundamento da linha, em polegadas por segundo.

Floating / Sinking (F/S)

Reúnem as duas características (flutuam e afundam). A parte dianteira é que afunda, enquanto o restante da linha permanece na superfície, permitindo o contato visual do pescador. Também conhecidas como linhas sinking tip.

Backing (linha de anteparo ou retaguarda)

Esta linha é atada ao carretel, preenchendo-o antes da linha principal de fly. Tem normalmente, 20 ou 30 libras de resistência, dessa forma tem 3 funções principais:

  • Adiciona comprimento à linha de fly, normalmente limitada a apenas uns 25 metros;
  • Facilita o trabalho na corrida de peixes maiores, acrescentando de 100 a 150 metros extras de linha de reserva.
  • Aumenta o diâmetro da carretilha, facilitando o recolhimento.

Linhas de pesca – Líders

Com diâmetro que se afunila progressivamente, portanto, fundamentais para a obtenção de apresentações naturais das iscas de fly fishing.

A mosca é atada à parte extrema da linha, a mais fina, que se chama tippet. A comercialização dos leaders segue um sistema equilibrado. De acordo com a mosca utilizada e cujo tamanho determinado pelo tamanho do anzol.

Os tippets são graduados pelo símbolo “X”, conforme seu diâmetro, e variam de 4X a 8X. O 0X é o mais grosso e mais forte, enquanto o 8X, o mais fino e delicado.

 

FONTE: https://blog.pescagerais.com.br/linhas-de-pesca/

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